Imagem de Poulpy em: CC Attribution-Share Alike 3.0
Há poucos registros sobre a cientista Athyrta, ou Aganice. Acredita-se que a princesa viveu pelos anos 1900 a.C, no Egito Antigo, e que ela era irmã ou filha do rei Sesostris I ou Sesostre da décima segunda dinastia. Esse faraó ocupou o poder por 45 anos, visando uma expansão militar de seu reino, sendo o primeiro faraó a deixar a capital e ir para Kush na Níbia; porém, seu plano falhou e ele não conseguiu conquistar tal terra. Mesmo com essa vontade de expansão territorial, o governo de Sesostris foi muito pacífico e calmo, o que deixou muito espaço para a música e a arte se desenvolverem, tornando-se importantes para a história egípcia e mundial.
Acredita-se que na época havia escolas hospitalares onde mulheres poderiam aprender medicina, porém Athyrta foi para outro lado. Ela era fascinada pelos astros e estudava-os, tornando-se uma astrônoma importantíssima na época. Um dos primeiros papéis da astronomia foi entender como o tempo funcionava, mas Athyrta estudava a astrologia babilônica*, e era por meio desses estudos que ela tentava prever o futuro de pessoas, baseando-se na posição dos astros e desenvolvendo um pensamento de filosofia natural e de astrologia.
*O primeiro tipo de astrologia, baseada em prever eventos que poderiam influenciar a vida coletiva, personificando o bem estar do reino. A astrologia babilônica foi a primeira a descrever os 12 signos do zodíaco.
Fontes:
BERNARDI, Gabriella. Aganice (XX bc). (2016).10.1007/978-3-319-26127-0_2. Disponível em: <https://www.researchgate.net/>.
CÉSAR AUGUSTO. Ciência Astral Babilônica no Mundo Helenístico. Disponível em: <https://espacoastrologico.com.br/>.
ALIC, Margaret. Hypatia's Heritage: A history of women in science from antiquity through the nineteenth century. 1º Edição. Boston, Massachussets: Women's Press Limited, 1986.
REBIÈRE, A. Les femmes dans la science: notes recueillies. 2º Edição. Paris: LIBRAIRIE NONI & Cie, 1897.
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